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Mostrando postagens de junho, 2019

9. Desconhecimento

Caminhar entre ruas, deambular pensamentos. Revoar de pássaro, roçar de folhas, vento sobre o chão. Gravidade cedida, licença poética. Épocas outras. Épocas idas. Eram vívidos sonhos. Giral debaixo da goiabeira, o afundar no lamaçal. Socorro silêncio, ninguém escutar. Porta dos fundos entreaberta, sombra silhueta a levantar. Aperto comprimindo o peito, era noite quando quis acordar. Mimosa pudica . De tanto sentir, resolveu se fechar. Rimar pelo fora, gracejo comum. Acantoar de ideias, debandar de lados. Rabiscos em língua estrangeira. Ouvi de tuas flores. Florem sem se dizer. Reconheci tuas cores. Descer de escadarias, o ponto lúcido em que perdido o olhar. Olhar que do resto destoa. Indicar incerto rumos de pés levados. De um lado, o amor. No outro, armadilha de amar. Em verdade, perspectiva de um affecto . Corpo é constância da luta, campo de forças. E ele tende a zero, se anular por extremos, mas o zero é sempre irreal, um impossível. Tender ao que falta, mover e ser movido. U