Uma compilação de tudo aquilo que já te escrevi. O roubo das outras cartas em sua casa chateou a você e a mim. Não por te aportar em culpa (sequer acredito nisso, “culpar”... Quem é que tem causa na forma como o mundo é ou, em tese, se propõe a ser? Os parâmetros de quem foram escolhidos em preterição aos de outrem?). Chateado porque não lembro com precisão do conteúdo das cartas que redigo, por isso não as consigo reproduzir com exatidão, elas são desagues do que sinto, rios que se apartam da nascente e procuram um oceano outro, maneira encontrada para não surtar ou não se afogar. E cada um de nós tem seus meios de se dissipar, de se tornar leve. Quando escrevo, fragmentos se materializam em linhas, pontes entre os abismos de dois – ou de muitos. Uni os rascunhos que precederam e os que não foram alocados, alguns encontrei no blog. E assim como a vida quando algo nos retira devolve com o apuro de um amanhecer, tudo é sempre e, silenciosamente, um novo dia... “Eu não aguento m