Um baile dos anos oitenta. De introdução, restrição à entrada. Sensação de "não deveria estar aqui". Algo soa metálico. Recostado em um canto, o som rediz algo, algo que preencha o vazio acumulado pelos anos. Sempre durmo em festas, comemorações, casamentos. Uma rede é um paraíso. Vida de "e se" ao invés de "e vamos". Angústia apossada do coração. Derradeira conciliação entre os próprios fantasmas. Intervalos de silêncio. Silêncio de si. Silêncio que de tão profundo tem, enfim, algo a dizer. Músicas de quando ainda se sonhava, de quando anda havia esperança. Dejavus . Pés não se firmam, "afundam na areia movediça dos próprios pensamentos". E há quanto tempo se está aqui, entre o ontem e o amanhã. Every move you make, every vow you break, every smile you fake, every claim you stake. I'll be missing you. Quatro e quinze. Busquei uma cadeira para aliviar o peso dos pés ou, talvez, da consciência. "Tu sumiu". Em momento da festa,